sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Meio da vida
Porque as manhãs são rápidas e o seu sol quebrado
Porque o meio-dia
Em seu despido fulgor rodeia a terra
A casa compõe uma por uma as suas sombras
A casa prepara a tarde
Frutos e canções se multiplicam
Nua e aguda
A doçura da vida
Sophia de Mello Breyner Andresen
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quinta-feira, 3 de outubro de 2013
domingo, 22 de setembro de 2013
Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
De uma manhã futura.
Sophia de Mello Breyner Andresen
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quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Oração do amanhecer
Senhor! No silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-te a paz, a sabedoria, a força.
Quero olhar hoje do mundo com os olhos cheios de amor; ser paciente, compreensivo, manso e prudente.
Quero ver os meus irmãos além das aparências, quero vê-los como tu mesmo os vês, e assim não ver senão o bem em cada um.
Cerra meus ouvidos a toda calúnia. Guarda minha língua de toda maldade.
Que só de bênçãos se encha o meu espírito.
Que eu seja tão bondoso e alegre, que todos quantos se achegarem a mim sintam tua presença.
Reveste-me de tua beleza, Senhor, e que no decurso deste dia eu te revele a todos.
Amém.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
domingo, 24 de março de 2013
terça-feira, 19 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
Pra Que Chorar
Pra que chorar
Se o sol já vai raiar
Se o dia vai amanhecer
Pra que sofrer
Se a lua vai nascer
É só o sol se pôr
Pra que chorar
Se existe amor
A questão é só de dar
A questão é só de dor
Quem não chorou
Quem não se lastimou
Não pode numa mais dizer
Pra que chorar
Pra que sofrer
Se há sempre um novo amor
Em cada novo amanhecer
Vinicius de Moraes
quarta-feira, 13 de março de 2013
domingo, 10 de março de 2013
Poema de outro dia
O sol levanta.
O dia acorda.
As aves debandam.
O orvalho seca.
A chaleira chia.
A chaminé fumega.
E, ainda assim,
meu olhar
desfia lonjuras.
Marcelo Soriano
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Amanhecer
Navego no cristal da madrugada,
Na dureza do frio reflectido,
Onde a voz ensurdece, laminada,
Sob o peso da noite e do gemido.
Abre o cristal em nuvem desmaiada,
Foge a sombra, o silêncio e o sentido
Da nocturna memória sufocada
Pelo murmúrio do dia amanhecido.
José Saramago
Ainda agora é manhã
Ainda agora é manhã, e já os ventos
Adormecem no céu. Pouco a pouco,
A névoa antiga e baça se levanta.
Ruivamente, o sol abre uma estrada
Na prata nublada destas águas.
É manhã, meu amor, a noite foge,
E no mel dos teus olhos escurece
O amargo das sombras e das mágoas.
José Saramago
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